Papagaio Ecletus


Informação sobre Papagaio Ecletus
 

Distribuição
Buru, Ceram e ilhas Molucas na Indonésia, está extinto em Ambon, Saparua e Haruku.

Descrição
Machos-Sua plumagem em geral é verde escura, a cabeça é ligeiramente amarelada, os lados do corpo e debaixo das asas é vermelho, a região coberta pelo rabo é verde amarelada, a dobra da asa é azul, as penas externas das asas são azuis escuras com bordo estreito de cor verde, as penas centrais do rabo são verdes com as pontas amarelas esverdeadas, as penas externas do rabo vão do verde escuro ao azul escuro e as pontas têm um bordo estreito branco amarelado, o lado inferior do rabo é escuro e também com um bordo estreito branco amarelado, a parte superior do bico é avermelhada com a ponta amarela e a parte debaixo é escura, sua íris vai do amarelo ao laranja e os pés são cinzas escuros.
Fêmeas-Sua plumagem em geral é vermelho escuro, as costas e as asas são vermelhas acastanhadas, o abdômen, os lados do corpo, a parte mais baixa do peito, a faixa larga que cruza o pescoço e na nuca são azuis violetas, ocasionalmente a parte superior do peito também pode ser azul violeta, a dobra e a extremidade da asa também são azuis violetas, porém de cor mais forte, debaixo da asa é azul violeta escuro, as penas primárias e as secundarias são azuis escuras, a região coberta pelo rabo é vermelha, os pássaros de Ceram possuem uma cor amarelada nas pontas da região coberta pelo rabo, a parte de cima do rabo é vermelha com um bordo amarelo alaranjado muito tênue, o lado inferior é vermelho alaranjado com o centro escuro e um bordo amarelado, o bico é preto, sua íris é amarelada e os pés cinzas escuros.

Comprimento
35 cm e de asa 228 a 250 mm.
 
Habitat
Florestas, savanas com cobertura de árvores isoladas a 1.000m, excecionalmente a 1.900m. São regularmente vistos em áreas com vegetação secundária alta e áreas clareadas com algumas árvores, se alimentam em áreas cultivadas, plantações e jardins.
Status : A maioria das subespécies é pelo menos comum em suas localidades. A população do cornelia está em perigo de extinção em Sumba e a do roratus, está extinto em Ambon, Saparua e Haruku, pela captura para o comércio.


Hábitos

Vivem isoladamente ou em grupos pequenos de família fora do período de criação, muito raramente formam grupos grandes. São vistos principalmente quando estão voando em pares ou machos sozinhos empoleirados nos galhos externos das árvores e lá, são distinguidos por causa do seu chamado, já a fêmea, normalmente empoleira perto do tronco da árvore e sem fazer barulho na folhagem, sendo difícil descobri-la, pois sua plumagem vermelha e azul lhe provê a camuflagem ideal no interior escuro das árvores. O macho normalmente empoleira separadamente a alguns metros da fêmea ou em um galho diferente, freqüentemente até mesmo em outra árvore, ocasionalmente bandos de mais de 80 pássaros são encontrados se alimentando ou descansando em árvores na Austrália, sendo então bastante barulhentos e facilmente distinguidos, reconhecidos de longe por causa de seus chamados distintos. Casais ou grupos pequenos deixam as árvores de descanso nas primeiras horas da manhã para se alimentarem em florestas ou plantações de palmeiras. Costumam ser tímidos e bastante alertas, quando se assustam, voam para cima gritando ruidosamente e ficam circulando antes de ir embora, voltam às árvores de descanso entre as 16:00 e as 18:00h e à medida que chegam novos pássaros vão sendo cumprimentados ruidosamente. Seu vôo é poderoso e relativamente lento, feito com batidas de asas lentas entremeadas com planeio, voam alto por cima das copas das árvores quando vão se alimentar, em plantações de palmeiras ou em cima de áreas abertas voam freqüentemente muito baixo, às vezes só a poucos metros do chão, as fêmeas normalmente voam atrás dos machos.

Características
Os Eclectus pertencem à família dos Psitacídeos. Existe uma única espécie e 09 subespécies. São aves monogâmicas como quase todo psitacídeo. Muito pacatas quase não se mexem, passam muito tempo paradas dando a impressão de estarem empalhadas, principalmente em viveiros pequenos. É comum recusarem qualquer tipo de comida no início, mas depois de se aclimatarem comem bem. Quem olha pela primeira vez um casal de Ecletus pensa logo que são duas aves de espécies distintas, as diferenças das cores das plumagens e do bico entre machos e fêmeas não podiam ser maiores. Existem, no entanto, variações dentro do mesmo sexo. Nos machos de algumas subespécies o tamanho pode variar, assim como o tom de verde e a quantidade de azul ou amarelo, já nas fêmeas das diversas subespécies existem variações ainda maiores, os corpos podem ir do vermelho escarlate até ao vermelho acastanhado e as quantidades de azul e violeta também variam muito, assim como o amarelo nas caudas. Alguns tipos de fêmeas têm um conjunto de penas azuis em volta dos olhos e outras não. Os tipos sem as penas azuis são geralmente as que têm o vermelho mais brilhante e as cores mais claras. São aves que podem repetir também alguns sons ou mesmo palavras. Como animais de estimação, aconselha-se os machos, pois têm um temperamento mais dócil que o das fêmeas. Estas aves têm mais necessidade de exercício que outros papagaios, por isto, é importante que sejam mantidos em aviários de maiores dimensões.
É mais difícil obtermos um par compatível devido ao temperamento agressivo das fêmeas. Na época da reprodução as fêmeas têm um papel dominante e muitas vezes os machos tem medo delas. Tente escolher suas aves num local onde estejam vários exemplares. Observe atentamente e notará uma relação mais especial entre dois indivíduos e assim aumentará a possibilidade de êxito na escolha do casal reprodutivo. Um outro "truque" é escolher duas aves nascidas no mesmo ano, de pais diferentes e deixá-las atingir a maturidade (três anos) juntas, a fim de terem uma boa relação quando chegarem à idade reprodutiva. Apesar de todas estas exigências, é notório o sucesso na reprodução destas aves, mesmo em aviários menores e nas condições mais surpreendentes.

Dimorfismo
Os machos têm uma plumagem verde esmeralda com alguns toques de azul, as asas são verdes, rabo pode ter marcas amarelas e o bico é amarelo alaranjado. As fêmeas são vermelho escarlate com algumas partes violetas, algum amarelo alaranjado no rabo, o bico é negro e brilhante.
Dieta natural : Frutas (banana, mamão, figos, fruta pão, etc...), bagas, brotos (casuarinas), néctar, flores e sementes, ocasionalmente se alimentam em plantações de milho. Na Nova Guiné costumam se alimentar principalmente em árvores de 30m a 35m altura, já em ilhas freqüentemente se alimentam em árvores menores e em árvores frutíferas nas plantações de coco.
Alimentação: São pássaros que comem sementes como: girassol (não devem comer muito por causa do óleo, que irá atacar seu fígado), alpiste, milho alvo (todos os tipos), linhaça, semente de abóbora e aveia (pouca quantidade para não engordarem muito). Devem comer frutas (uva, morango, banana, goiaba, maçã, maracujá, etc...), gostam também de milho verde, cenoura, pepino, ervilhas, amendoim, beterraba e berinjela, alguns chegam a comer feijão semicozido.
No caso da mistura de sementes, o ideal é que a cada tipo diferente de semente se acrescente a mesma medida de alpiste.

Período de reprodução
O ano todo.

Reprodução
É alcançada regularmente, não é tão difícil quando se tem um casal harmonioso. Possui um alto grau de exigência de vitamina A. As fêmeas freqüentemente são muito agressivas com os machos, perseguindo-os e impedindo que eles se alimentem. Em exibição de namoro, os machos se aproximam das fêmeas, as alimentam e limpam o bico no poleiro, logo depois, encostam seus pescoços, movimentam suas cabeças para cima e para baixo, a fêmea começa a persegui-lo implorando por comida e então ela se abaixa no poleiro para ser galada. Os ovos começam a ser postos 14 a 21 dias após a primeira cruza. Depois que ela começa a chocar dificilmente o macho entra no ninho, ele a alimenta na entrada ou em algum galho próximo e então ela volta rapidamente para o ninho. Deve ser mantido apenas um casal por viveiro. Alguns casais totalmente inexperientes poderão matar o seu primeiro filhote logo após a eclosão, ou não saberem alimentá-lo. Dê-lhes uma segunda chance, pois precisam de uma oportunidade para aprender. Importante variar bastante a alimentação para que os filhotes tenham um bom crescimento.

Amadurecimento sexual
03 a 04 anos. As espécies menores costumam reproduzir com 02 a 02 ½ anos.

Idade reprodutiva
Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 25 anos ou mais.
Quantidade de ovos : Postura de 02 ovos normalmente, raramente 03, ocasionalmente podem estar infecundos ou os filhotes morrerem dentro do ovo, podem fazer até quatro posturas por ano. Ovo mede 40.2 x 31.0 mm.

Ninhos
Na natureza fazem seus ninhos principalmente em árvores altas, mortas ou palmeiras na extremidade das florestas, normalmente de 14m a 25m de altura, com uma profundidade entre 30cm a 6m e costumam forrá-los com pequenos pedaços de madeira. Em cativeiro, os em formato de (L) são os mais recomendáveis, porque evita que a fêmea ao descer se jogue em cima dos filhotes. É interessante que a boca do ninho seja protegida por uma folha de zinco, assim como as quinas que o bico deles podem alcançar por cantoneiras de ferro, para evitar que eles o destruam. Além disso, deve-se pregar uma tela por dentro da boca até o fundo do ninho, para facilitar sua descida e subida. Se o fundo do ninho ficar muito úmido é quase certo os pais começarem a arrancar penas dos filhotes, devendo-se, portanto mantê-lo bem seco. Pode-se forrá-lo com serragem ou areia, sendo a areia mais fácil de se trabalhar. O abandono do ninho pelos pais é menos comum quando já existem crias, mas se a fêmea não está acostumada à inspeção do ninho, pode entrar em pânico e bicar os filhotes.


Tempo de incubação
28 a 30 dias.

Temperatura de incubação

37,5º C.

Humidade

65%.

Filhos

Os filhos são semelhantes aos adultos, mas têm a íris escura e o bico castanho. Se ficar muito frio não terá força para levantar a cabeça e conseqüentemente não conseguirá se alimentar e mesmo que a mãe tente aquecê-lo ele morrerá. Logo, é interessante que em lugares de clima frio se use serragem como forro para o ninho enquanto que para lugares de clima quente use-se areia. Saem do ninho após 70 a 80 dias e depois levam um bom tempo ainda sendo alimentados pelos pais. Não é um bom “pet”, mas para que fique relativamente manso, é preciso retirá-lo do ninho com 15 a 20 dias e tratá-lo na mão. Os machos têm um temperamento mais dócil e conseqüentemente ficam mais mansos que as fêmeas. Se destinados à reprodução é interessante que sejam apresentados a outros jovens da mesma espécie, pois se forem isolados por muito tempo do contato com sua própria espécie, podem simplesmente não reconhecê-los como par. O pássaro criado em cativeiro, de preferência manso, reproduz mais rápido do que o selvagem.

Viveiros

Não existe um tamanho padrão de viveiro, mas para que voem bem e possam gastar suas energias o mínimo é de 1x1,2x2m, porém podem também ser criados em gaiolas. Os poleiros devem ser grossos para desgaste, pois os loris têm uma tendência pronunciada de crescimento das unhas. Importante saber que os viveiros deverão ter tela galvanizada e fios arredondados para evitar que destruam as penas e 40 a 50% de área coberta, para proteger os ninhos e as aves, do frio, do sol e da chuva. Além disso, os viveiros devem estar em locais onde estejam protegidos de ventos frios por paredes, cercas vivas, quebra ventos e de forma a receber o sol da manhã.
Tamanho da anilha

Os menores 10mm, os maiores 11mm

Fezes

Estão em uma fase entre líquidas e pastosas.

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